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Estresse Ocupacional

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Para a sociedade moderna, o trabalho é considerado uma das fontes de satisfação às necessidades humanas, como auto realização, manutenção de relações interpessoais e sobrevivência. Por outro lado, pode ser considerado uma fonte de adoecimento quando estão presentes fatores de riscos biopsicossociais para saúde.

O avanço da tecnologia, a competição acirrada, as rápidas transformações, a ameaça constante de perder de emprego, a pressão de consumo, e outras dificuldades, os trabalhadores estão cada vez mais expostos às situações estressantes, modificam o seu comportamento natural e eles se sentem insuficientes no desempenho de suas atividades.

O estresse é desencadeado como uma reação adaptativa do organismo humano ao mundo e que podem evoluir para fases de maior gravidade, quando o corpo se torna vulnerável a doenças diversas reduzindo com isso a produtividade e a qualidade do trabalho, aumentando o risco de acidentes, absenteísmo e rotatividade de trabalhadores em uma organização.

De acordo com Grandjean (2005), o estresse ocupacional é definido como resultados da discrepância entre nível de demanda de atividades e a habilidade da pessoa em lidar com a situação decorrente do ajuste entre indivíduo e o meio ambiente. O estresse ocupacional é algo que ocorre quando o comportamento do indivíduo é modificado, tornando-se insuficiente para enfrentar situações habituais. Se as demandas excedem a habilidade do indivíduo para lidar com elas, provoca-se o esgotamento.

As respostas físicas e psicológicas ao estresse dependerão da herança genética, estilo de vida e estratégias de enfrentamento. Deste modo, a ergonomia passa a desempenhar um papel importante, podendo ser aplicada no ambiente de trabalho, contribuindo para melhoria da eficiência, confiabilidade e qualidade das operações, fornecendo aperfeiçoamento e melhores condições de trabalho.

Quando o suporte social é bem desenvolvido na organização, ele tem um efeito protetor que se manifesta em baixos níveis de estresse. Por outro lado, quando é inexistente ou deficitário transforma-se num agente estressor. É preciso considerar necessidade de saúde não somente aquilo que o ser cuidado demanda e que o profissional ou serviço de saúde pode responder, mas um olhar sobre o significado do cuidado na vida das pessoas.

A elaboração de um programa de qualidade de vida é fundamental como proposta de enfrentamento para resposta estressora no trabalho. Com isso, a fisioterapia fornece subsídios através da educação continuada, orientações e cuidados ergonômicos, programas de incentivo a práticas de atividades físicas, palestras de conscientização, treinamentos, programas preventivos, ambulatório e comitê ergonômico.

A multidisciplinaridade se constrói na práxis do conjunto dos serviços de saúde e nas diferentes formas de encontro desses profissionais com e no serviço. Nosso desafio cotidiano é imprimir uma nova cultura à organização do trabalho, configurando um agir pautado na integralidade e qualidade de vida dos profissionais.